O verão de 2020 pode ser o último com a Praia Central de Balneário Camboriú,
tal qual a conhecemos. Uma obra histórica para a cidade está prestes a acontecer.
Isso, porque neste mês de dezembro, saiu a etapa que faltava para se concretizar
o alargamento da faixa de areia da Praia. O desejo antigo tem tudo para se
concretizar ainda em 2021.
Essa é a principal praia da cidade, por estar localizada no centro de Balneário Camboriú
e por receber a maior quantidade de visitantes. É aqui também que ocorre o show
de fogos da virada, quando mais de um milhão de pessoas se encontram à beira
mar para ver o espetáculo.
Já em 2017, a Prefeitura de Balneário Camboriú divulgou imagens de como será
a nova orla da Praia Central após a execução do projeto de alargamento da faixa de
areia que irá triplicar seu tamanho.
A faixa passará dos atuais 25 metros de largura para 75 metros.
O projeto prevê ainda a revitalização da Avenida Atlântica, com a criação de três pistas,
nova ciclovia, espaços para lazer e novo mobiliário urbano.
Priorizando técnicas modernas de baixo impacto ambiental, o projeto de revitalização
da orla de Balneário Camboriú promete solucionar problemas de infraestrutura e
mobilidade urbana, principalmente nas épocas de maior movimento na cidade,
como a temporada de verão. Segundo o último censo do IBGE, realizado em 2010,
Balneário Camboriú conta com uma população de 108 mil habitantes.
Durante a alta temporada a cidade chega a receber 1,5 milhão de pessoas.
A obra de reestruturação da Praia Central de Balneário Camboriú é esperada
há muito tempo e visa proteger a praia, além de retornar a faixa de areia original
dos anos 1950. Em 2001 foi feito plebiscito que teve ampla aprovação da
comunidade em relação a esta obra.
Processos para a efetivação da obra
A etapa que faltava era a liberação da licença ambiental, o que foi concedida no dia
15 de dezembro de 2020, pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA).
A entrega oficial ao município foi feita no dia 18.
Em setembro de 2020 a prefeitura de Balneário Camboriú realizou a licitação para a obra.
A proposta vencedora foi de R$ 66 milhões do consórcio formado pela DTA Engenharia,
de São Paulo, e Jan de Nul, empresa de infraestrutura de Luxemburgo.
O edital da prefeitura para licitação estipulava o valor máximo de R$ 85 milhões.
O contrato com o consórcio também foi assinado no dia 18 de dezembro de 2020.
A partir daí a empresa tem 45 dias para mobilizar equipe e equipamentos,
fazer o canteiro de obras e começar os trabalhos.
Como será feito?
A areia utilizada para o alargamento vem de uma jazida, que fica no mar, a 15Km da
costa e tem 30 metros de profundidade. Esta areia recolhida será depositada em uma
embarcação chamada draga, que traz a areia da praia e despeja próximo ao fim da faixa
de areia com o mar onde é bombeada através de mangueiras.
Já na praia, máquinas vão nivelar e empurrar a areia em direção ao mar.
É previsto o uso de 2 milhões de metros cúbicos de areia. Busca-se que a espessura
do grão de areia seja próxima do grão que está na praia. Pois um grão mais grosso
pode causar buracos e um mais fino pode acabar sendo removido pelo mar em ressacas.
De acordo com o projeto, a obra será feita em etapas. O alargamento começará pela
Barra Sul e avançará 500 metros, a cada etapa, em direção ao Pontal Norte.
O espaço em obras fica interditado até a conclusão dos trabalhos, e é liberado
ao público conforme o serviço avance para a etapa seguinte.
O tempo estimado para a conclusão da obra é de seis meses.
Economia da cidade
Além da mobilidade urbana, a obra tem forte influência econômica na cidade.
O alargamento da faixa de área tem enorme potencial de desenvolver ainda
mais o turismo na região e em Balneário Camboriú, que já é a Capital Catarinense
do Turismo. Outro setor que será fortemente influenciado com a revitalização da
Orla é a construção civil, os apartamentos, principalmente os mais próximos da
Praia Central, sofrerão valorização, o que pode atrair ainda mais investidores e
moradores para a cidade.